Professor de teatro de Itapetinga suspeito de violação sexual é procurado pela polícia

Pelo menos 15 pessoas afirmam ter sido abusadas pelo indivíduo.

Publicado em 25/04/2024 - às 17:59
Por Redação | Jornal Conquista
Foto: Reprodução.

Um professor de teatro que trabalhava na prefeitura de Itapetinga está sendo procurado pela polícia baiana por suspeita de cometer violência sexual contra alunos. Três vítimas já registraram ocorrências na delegacia da cidade, mas as investigações apontam que o número pode ser maior.

As primeiras denúncias contra o professor foram feitas em março deste ano, relatando crimes ocorridos em 2016, 2017 e 2019, registrados como violação sexual mediante fraude. Todas as três vítimas são adolescentes do sexo feminino, alunas do suspeito, cujo nome não foi divulgado.

Uma das vítimas, que preferiu não se identificar, relatou que o abuso aconteceu durante uma prática denominada “laboratório”, na qual o professor conduzia pesquisas ou experimentos para ajudar os alunos a “entrar no personagem”. Essas atividades preparatórias para os espetáculos ocorriam na casa do suspeito.

“Ele sempre falou que precisava fazer laboratórios, para mergulharmos no personagem, para termos uma outra percepção do teatro e nos tornarmos atrizes de verdade. Esse laboratório era só ele e a pessoa, era exclusivo”, contou a vítima.

Segundo o responsável pela investigação do caso, o coordenador da Polícia Civil de Itapetinga, delegado Ney Brito, o professor prometia papéis principais em peças para as vítimas e afirmava que esses momentos eram essenciais para o desempenho na apresentação.

“Ele convencia essa adolescente a ir até a casa dele, fechava a porta e ‘simulava uma peça’. Começava a acariciar [a vítima] dizendo que ela precisava aprimorar os entendimentos nessa parte de sentimentos”, detalhou o delegado.

Após a primeira denúncia feita em março deste ano, outras surgiram nas redes sociais e estão sendo investigadas. Pelo menos 15 pessoas afirmam ter sido abusadas pelo professor.

Alguns desses abusos, de acordo com a polícia, ocorreram enquanto o suspeito trabalhava no Centro de Referência e Assistência Social (CRAS) de Nova Itapetinga, entre 2017 e 2020. Em nota, a prefeitura informou que, nesse período, nenhum crime ou má conduta foi relatado ou descoberto.

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