Com informações B. DanielSilva

A Secretaria Municipal de Saúde de Vitória da Conquista intensificou, desde outubro de 2024, as ações de combate ao Aedes aegypti, mosquito transmissor de doenças como dengue, chikungunya, zika e febre amarela urbana. Uma das principais estratégias adotadas é o uso de ovitrampas, ou armadilhas de oviposição, uma abordagem inovadora e eficaz no controle da população do mosquito.

Esse Aedes aegypti. Em apenas cinco locais da cidade — nos loteamentos Leblon, Cidade Maravilhosa, Vila da Conquista, Comveima 1 e Campinhos — já foram eliminados mais de 206 mil ovos do mosquito.

Como Funcionam as Ovitrampas

As armadilhas são instaladas em pontos estratégicos para monitorar a proliferação do mosquito. A agente de endemias Vanusa Francisca de Oliveira é responsável pela coleta semanal dos ovos. Ela explica: ‘Solicitamos autorização para instalar as armadilhas e nos comprometemos a trocar as paletas a cada oito dias. Dessa forma, conseguimos eliminar o mosquito ainda na fase de ovo, de maneira segura e sem a necessidade de produtos químicos.'”

Essa abordagem oferece uma alternativa eficaz e sustentável no combate ao Aedes aegypti, protegendo a população sem prejudicar o meio ambiente. Segundo o supervisor de campo, Graciano Lima, a experiência com as ovitrampas tem sido muito eficaz na prevenção da proliferação do mosquito. “Em cada lâmina, retiramos muitos mosquitos de circulação. Já encontramos 1.200 ovos em apenas uma paleta. Essa é uma ação muito importante e segura tanto para o morador, que recebe o agente em sua casa a cada oito dias, quanto para o agente, que não se expõe a produtos químicos”, destaca.

Em Vitória da Conquista, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), através do Centro de Controle de Endemias, iniciou uma nova estratégia de combate ao Aedes aegypti. A medida consiste em um dispositivo que inclui um vaso preto, água, uma palheta de madeira e uma substância atrativa para o mosquito. Essa abordagem será implementada nas residências de cinco bairros com altos índices de infestação, visando reduzir a população de mosquitos e prevenir doenças como dengue, zika e chikungunya.

As ovitrampas, como são chamadas, têm a finalidade de controlar a infestação do Aedes aegypti e combater doenças como dengue, zika e chikungunya. Elas funcionam capturando os ovos do mosquito, que indicam a presença de infestação, e ajudam a monitorar áreas mais suscetíveis à transmissão da dengue.

De acordo com o coordenador de Endemias, Renato Freitas, a estratégia vem sendo usada em outros cidades. “Esta é uma tecnologia já utilizada em outros municípios e que está sendo aplicada pela primeira vez em nosso município. Para essa ação, a Prefeitura comprou duas mil armadilhas ovitrampas que estão sendo colocadas nas residências dos bairros, Leblon, Cidade Maravilhosa, Comveima I, Vila da Conquista e Campinhos”, explicou o coordenador de Endemias, Renato Freitas.

“Nós explicamos para o morador como funciona. Se ele aceitar, a gente escolhe um local para colocar a armadilha e, a cada oito dias, a gente volta para trocar a palheta e a água até completar o ciclo de oito semanas”, explicou a agente de endemias, Jucilene de Jesus Santos.