Em um esforço para fortalecer o combate à dengue, o governo federal anunciou um novo projeto para a produção da primeira vacina nacional contra a doença, com a meta de produzir 60 milhões de doses anualmente a partir de 2026. O plano será detalhado em um evento oficial no Palácio do Planalto, nesta terça-feira (25).

Desenvolvida pelo Instituto Butantan desde 2009, a vacina está na fase final de estudos e aguarda apenas o registro da Anvisa para ser disponibilizada ao público. Atualmente, o Brasil conta com vacinas importadas, mas a produção nacional permitirá expandir a imunização para pessoas de 2 a 59 anos, com o objetivo de reduzir os casos de dengue no país.

Em 2024, o Brasil registrou um aumento alarmante de 400% nas mortes por dengue, com 6.041 óbitos, superando o número de mortes por Covid-19 no mesmo período. Com a vacina nacional, o governo pretende oferecer uma solução mais acessível e eficaz no combate à epidemia. A iniciativa contará com um investimento de R$ 1,26 bilhão.

Além da vacina contra a dengue, o governo também anunciará parcerias para a produção de insulina, vacinas contra o Vírus Sincicial Respiratório e a criação de um estoque estratégico para a vacina contra a gripe Influenza H5N8.

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) solicitou ao Ministério da Saúde a autorização para produzir uma vacina contra a dengue. O pedido é para que o Ministério autorize a produção da vacina Qdenga, da fabricante japonesa Takeda, em um acordo de transferência de tecnologia.

O Ministério da Saúde já comprou quatro milhões de doses da vacina Qdenga em 2024 e já tem um contrato para a distribuição de nove milhões de doses em 2025.