Pitbull ataca e mata cadela em Vitória da Conquista; tutora fica ferida
Dono do tutor do pitbull pode responder por lesão corporal culposa.
Um ataque de pitbull, ocorrido na última terça-feira (1º) em Vitória da Conquista, terminou com a morte de uma cadela e deixou sua tutora, Patrícia Fernandes, ferida. Conforme apuração da TV Sudoeste, o caso aconteceu no Loteamento Senhorinha Cairo e está sendo investigado pela Polícia Civil.
Segundo Patrícia Fernandes, passeava com sua cadela de 10 anos, “Neguinha”, por uma via que não costumava frequentar quando ouviu crianças alertando sobre um cachorro solto. Ao tentar proteger sua cadela, ergueu-a pela coleira, mas um pitbull atacou por trás e a agarrou. A tutora tentou intervir, mas a cadela sofreu ferimentos fatais e não resistiu. Ela também ficou ferida durante o incidente.
“Neguinha” chegou a ser levada para uma clínica veterinária, mas não resistiu às lesões por perda excessiva de sangue. Patrícia sofreu arranhões e registrou um boletim de ocorrência no Distrito Integrado de Segurança Pública (Disep).
A vitima afirma que a mulher que estava na casa de onde o cachorro escapou não respondeu quando ela tentou falar sobre o ocorrido, além de não perguntar sobre seus ferimentos e nem demonstrar preocupação com sua cadela.
A polícia intimou o tutor do pitbull, que pode responder por lesão corporal culposa, quando não há intenção de ferir. O nome do responsável não foi divulgado.
Controvérsias frequentes sobre a raça
Cães de raças como pitbull, fila, doberman e rottweiler frequentemente enfrentam estigmas devido a incidentes de mordidas e ataques, o que reforça o receio popular em relação a esses animais. Apesar disso, defensores afirmam que tais raças podem ser afetuosas e seguras quando criadas em ambientes adequados e socializadas corretamente.
Especialistas destacam que o comportamento dos cães está diretamente ligado à forma como são criados e treinados, embora algumas autoridades apontem que certas raças apresentam riscos devido às suas características físicas ou histórico de agressividade.
Diante desses fatores, leis específicas foram criadas para regulamentar a posse e a condução desses animais. Na Bahia, por exemplo, a Lei Estadual nº 4.597, em vigor desde 2005, determina que cães considerados ferozes só podem circular em locais públicos com guia e enforcador apropriado, além de exigirem que o condutor seja maior de 18 anos.
Apesar da legislação, a fiscalização ainda é deficiente, e grande parte dos casos de ataques ocorre devido ao descumprimento das normas.