Bahia lidera taxa de escolarização entre adolescentes no país, aponta IBGE
Estado é destaque nacional em escolarização de jovens e avança no combate ao analfabetismo.

A Bahia alcançou a maior taxa de escolarização entre adolescentes de 15 a 17 anos do Brasil, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em 2024, 95,9% dos jovens nessa faixa etária estavam matriculados em escolas, o que representa 662 mil estudantes.
Com isso, o estado superou Rondônia, São Paulo, Santa Catarina, Distrito Federal e Rio de Janeiro, subindo da sexta para a primeira posição no ranking nacional.
O crescimento foi de 6,6% em relação a 2023, o maior avanço absoluto entre os estados, com 41 mil novos estudantes. Em termos percentuais, foi o quinto maior aumento. A secretária de Educação da Bahia, Rowenna Brito, atribui o resultado às políticas públicas de permanência escolar. “Os investimentos em infraestrutura, alimentação escolar, programas como o Bolsa Presença e a expansão das Escolas de Tempo Integral têm garantido esse avanço”, afirmou.
Além do destaque na escolarização de adolescentes, a Bahia também registrou redução no analfabetismo. Em 2024, o estado tinha 1,2 milhão de pessoas com 15 anos ou mais que não sabiam ler ou escrever, representando uma taxa de 9,7% – seis em cada dez analfabetos são idosos. A média de anos de estudo subiu para 8,9, aproximando-se da conclusão do Ensino Fundamental.
No Brasil, 93,4% dos adolescentes de 15 a 17 anos estavam na escola em 2024, ante 91,9% no ano anterior. A Bahia é o estado mais próximo de cumprir a meta de universalização prevista no Plano Nacional de Educação (PNE), instituído em 2014. O PNE estabeleceu 20 metas para a educação brasileira, com prazo até 2024, mas nem todas foram alcançadas.
O avanço na escolarização não se limitou aos adolescentes. Entre 2023 e 2024, a taxa subiu de 34,7% para 35,7% entre crianças de 0 a 3 anos e de 29,9% para 32,4% entre jovens de 18 a 24 anos. No grupo de 6 a 14 anos, a taxa se manteve estável em 99,5%. A única queda foi entre crianças de 4 a 5 anos, passando de 95,2% para 94,8%.
Os dados fazem parte do Módulo Educação da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), realizada pelo IBGE no segundo trimestre de cada ano.