Natural de Vitória da Conquista, Ednaldo Rodrigues é afastado do comando da CBF
O agora ex-presidente foi removido do cargo por decisão do TJ-RJ e tenta reverter medida no STF.
Na quinta-feira (16), o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) afastou Ednaldo Rodrigues da presidência da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). O agora ex-presidente, natural de Vitória da Conquista, comandou a Federação Bahiana de Futebol (FBF) por 18 anos.
Ednaldo recebeu a notícia do afastamento enquanto participava de um congresso da Fifa, em Assunção, no Paraguai. Na mesma noite, ele entrou com pedido no Supremo Tribunal Federal (STF) para anular a decisão do TJ-RJ.
A decisão foi deferida pelo desembargador Gabriel de Oliveira Zéfiro, que nomeou Fernando Sarney, um dos vice-presidentes da entidade, como interventor. O magistrado determinou ainda que Sarney convoque novas eleições com urgência.
Essa é a segunda vez que o TJ-RJ destitui Ednaldo do cargo. Em dezembro de 2023, ele já havia sido afastado, mas retornou à presidência um mês depois por decisão do ministro Gilmar Mendes.
Na última semana, dois pedidos foram protocolados no Supremo Tribunal Federal (STF) pedindo o afastamento de Ednaldo Rodrigues do cargo. De acordo com a deputada Daniela do Waguinho (União Brasil-RJ) e Fernando Sarney, atual interventor nomeado pelo TJ-RJ, houve falsificação da assinatura do ex-presidente da entidade, Coronel Nunes, em um acordo firmado no início do ano. Um laudo pericial anexado ao processo indica que a assinatura não é autêntica.
O caso foi enviado novamente ao Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro por determinação do ministro Gilmar Mendes, que, no último dia 7, negou o afastamento imediato de Ednaldo, mas ordenou a “apuração imediata e urgente dos fatos narrados nas petições”.
Diante disso, o desembargador Gabriel de Oliveira Zéfiro marcou uma audiência para ouvir o Coronel Nunes na última segunda-feira (13). No entanto, o advogado do ex-presidente informou que ele não compareceria por motivos de saúde. Com a ausência, a audiência foi cancelada e o desembargador decidiu pelo afastamento de Ednaldo Rodrigues da presidência.