Em denúncia enviada para o WhatsApp da Redação do Jornal Conquista, moradores do bairro Lagoa das Flores, em Vitória da Conquista, revelaram a falta de infraestrutura adequada para saneamento básico na região. Em vídeo, um dos moradores flagra esgoto a céu aberto próximo a uma escola, trazendo risco para a saúde dos estudantes que passam diariamente pelo local.

O principal ponto mencionado é a Rua Coronel Maneca Santos, uma das mais movimentadas vias da Lagoa das Flores. No local, é possível perceber o esgoto se acumulando na rua mencionada e também para outras que se conectam a ela.

“Mostrar pra vocês aqui. Esgoto a céu aberto, na Lagoa das Flores, tá vendo? E aí chove, essa água desce toda. É criança pisando dentro desse esgoto. É criança indo pra escola pisando no esgoto”, afirma um morador em um vídeo divulgado nas redes sociais.

A denúncia destaca, ainda, que em dias de chuva o problema se intensifica, levando o esgoto para todo o prolongamento da Rua Coronel Maneca Santos, saindo da parte pavimentada da via até o trecho sem asfalto, passando pela Av. Perimetral da Lagoa das Flores e indo em direção ao povoado da Choça, pela Rua do Bambuzal, atingindo também o solo de sítios e fazendas na região.

Com isso, o raio de consequências em problemas de saúde pública se expande, levando a problemas como a contaminação pela água, o mau cheiro, além da proliferação de mosquitos transmissores de arboviroses (dengue, zica e chikungunya).

Os moradores também afirmam estar “indignados com o descaso das autoridades com o problema do esgoto a céu aberto no bairro”, e destacam que embora paguem IPTU, não tem uma infraestrutura de saneamento básico adequada disponível, se referindo à necessidade de intervenção na região pela Prefeitura de Vitória da Conquista e pela Embasa.

De acordo com os relatos, muitas residências da Lagoa das Flores dependem que a Embasa leve a rede de esgoto para o bairro, uma vez que algumas das ruas do bairro estão em locais em que o solo possui características não permitem a instalação de fossas para o tratamento dos resíduos, seja pela existência de piçarra, cascalho ou até pedras que impedem a escavação.

Desta forma, todo o esgoto produzido pelas residências sem fossas é dispensado no solo e nas ruas, sem tratamento e gerando riscos à saúde de todos que moram e passam pelo bairro. E quando chove, o problema só se torna pior.

Confira o vídeo abaixo, registrado na Rua Coronel Maneca Santos, na Lagoa das Flores, em Vitória da Conquista:

Nesta terça-feira (1º), a Primeira Vara da Fazenda Pública de Vitória da Conquista concedeu uma nova tutela de urgência contra a Empresa Baiana de Águas e Saneamento (Embasa), determinando a solução de problemas de extravasamento de esgoto no bairro Vila América, nas margens do Anel Rodoviário e a realização de reparos emergenciais em diversas ruas da cidade. 

A decisão judicial foi movida pela Prefeitura de Vitória da Conquista, por meio da Procuradoria Geral do Município (PGM), após recorrentes problemas na rede de esgoto, principalmente no bairro Boa Vista e no loteamento Vila América. A ação judicial exige que a Embasa, como concessionária de serviços de saneamento básico, cumpra suas obrigações contratuais e resolva os danos causados pelo sistema de esgotamento.

No inicio da semana, moradores do bairro Lagoa das Bateias protestaram em frente a sede da Empresa Baiana de Águas e Saneamento (Embasa), com cartazes e alto falante, cobrando providência sobre o esgoto que cai no Parque Ambiental Lagoa das Bateias.

A conta de água dos baianos terá um aumento de 5,8% a partir do dia 1º de agosto. A decisão foi divulgada por meio da Agência Reguladora de Saneamento Básico do Estado da Bahia (Agersa), publicada no Diário Oficial do Estado (DOE) do último sábado (22).

A tarifa aprovada é menor do que os 9,09% solicitados inicialmente pela Embasa (Empresa Baiana de Águas e Saneamento). A nova tarifa será refletida nas contas com vencimento em setembro.

Na última quinta-feira (11), durante a abertura do 2º Fórum Universalizar em Salvador, o presidente da Embasa, Leonardo Góes, revelou o plano de investimento de R$1,7 bilhão em obras para implantação e melhorias na infraestrutura de água e esgoto nos municípios onde a empresa atua na Bahia. 

O valor faz parte do maior plano de investimentos da história da Embasa, totalizando R$6,7 bilhões nos próximos cinco anos.

A manhã desta segunda-feira (11) foi iniciada com uma onda de reclamações em Vitória da Conquista, e uma delas recai sobre o Esgoto da Praça da Bandeira. O extravasamento, que teve início na noite de domingo (10), tem como ponto focal a Rede Coletora de Esgoto da Rua Laudiceia Gusmão. O caso foi reportado pelo repórter Anderson Oliveira.

Na manhã desta sexta-feira (08), a Praça da Bandeira, situada no Centro de Vitória da Conquista, começou a exalar um odor muito forte, resultado de mais um episódio de extravasamento na rede de esgoto sanitário. O incidente teve início na tarde da última quinta-feira (07), e trouxe desconforto aos frequentadores da região.

De acordo com informações do jornalista Anderson Oliveira, que esteve presente no local para verificar de perto a situação e documentar a extensão do problema, o extravasamento persistiu durante horas, impactando negativamente a rotina da praça e gerando preocupações entre os moradores e comerciantes locais.

Os buracos em Vitória da Conquista têm sido motivo de preocupação para os moradores. Após as intensas chuvas da última semana, diversas vias e bairros da cidade ficaram tomados por buracos, representando um desafio para a locomoção e segurança dos cidadãos.

As consequências das fortes precipitações foram evidentes, especialmente em áreas asfaltadas, onde os buracos surgiram em grande quantidade devido ao acúmulo de água. Nas ruas sem asfalto, a situação se agravou ainda mais, com a formação de buracos profundos, além de pedras e lama, tornando as vias quase intransitáveis.

A Embasa deu início à recuperação de uma tubulação de esgoto de grande porte, que possui 2.200 metros de extensão e está localizada a três metros de profundidade. O método utilizado na obra é não destrutivo e, por isso, não haverá interdição de vias nem valas abertas visíveis, sendo toda a operação é conduzida por um robô dentro da tubulação e utiliza uma técnica que fortalece e restaura as paredes da tubulação, aumentando sua vida útil para mais de 50 anos.

A intervenção representa um investimento de R$ 22 milhões e tem como objetivo melhorar e manter uma estrutura responsável pelo transporte do esgoto coletado na Zona Oeste de Vitória da Conquista até a estação de tratamento do município. Até o momento, foram recuperados 1.800 metros na Av. Juracy Magalhães, e a equipe está trabalhando na recuperação de 120 metros na Av. Bartolomeu de Gusmão e 230 metros na avenida Integração, próximo ao bairro Alegria.

Durante o processo de recuperação, a seção da tubulação em manutenção precisa ficar fora de operação e, para assegurar a continuidade do serviço de coleta e transporte de esgoto na cidade, a Embasa instalou uma tubulação temporária no passeio da avenida onde a obra está ocorrendo.

O gerente regional da Embasa, Manoel Marques, enfatiza a importância dessa obra para o funcionamento do sistema de esgotamento sanitário da cidade. “Estamos trabalhando com o que existe de mais moderno na área, utilizando uma tecnologia alemã pelo método não destrutivo e por meio da qual a tubulação é reconstituída internamente sem transtornos e com um significativo aumento da vida útil do equipamento”, destaca ele.

Na última terça-feira (22), a Prefeitura deu continuidade às obras de recuperação da galeria pluvial na rua Guilhermino Novais, trecho localizado entre as avenidas Ascendino Melo e Otávio Santos. O local, construído há mais de 50 anos e feita inteiramente de pedras, está sendo reestruturado para consertar suas paredes e reforçar a laje que cobre o canal.

O secretário municipal de Infraestrutura Urbana, Jackson Yoshiura, explicou que havia muitas conexões clandestinas de esgoto na galeria, o que comprometeu a estrutura antiga. Além disso, o canal já passou por várias intervenções ao longo do tempo, o que contribuiu para o desgaste.

Segundo Jackson, a situação também afetou uma parte da base do canal, além da avenida Régis Pacheco. “Assim como as outras obras de drenagem do município, essa galeria sofreu diversas intervenções que colaboraram com o dano que foi gerado. Nós temos, naquele trecho, um índice muito alto de esgotos clandestinos que vão, aos poucos, danificando a estrutura do canal. Tivemos também um dano em uma das partes da base do canal, assim como na avenida Régis Pacheco”, afirmou o secretário.

Por causa das obras, o local foi interditado como meio de segurança. Assim que for finalizada, o tráfego de veículos deve voltar ao normal nesse trecho.