Jequié recebe 1ª Bienal de Performance da Bahia com programação artística e reflexões sobre violência
Evento acontece entre os dias 13 e 17 de agosto, com performances urbanas, exposições e oficinas gratuitas.
                Jequié será uma das cidades baianas que receberá a 1ª Bienal de Performance da Bahia, evento inédito dedicado à linguagem performática, que acontece entre os dias 13 e 17 de agosto. A programação reúne mais de 30 artistas, pesquisadores e pensadores com atividades como performances urbanas, oficinas, exposições, falas públicas e videoarte.
Com curadoria da artista e pesquisadora baiana Padmateo, a Bienal tem como foco a pergunta “Isto é violência?”, que busca provocar reflexões sobre como o cotidiano, a política e as marcas da história moldam as experiências da violência, especialmente em contextos de marginalização.
Portanto, escolher Jequié como uma das cidades-sede do evento não é casual. O município tem um dos maiores índices de violência do país, segundo dados do Atlas da Violência e do Fórum Brasileiro de Segurança Pública. Ao ocupar a cidade, a Bienal propõe uma escuta dos desafios locais e reforça a performance como forma de enfrentamento.
“Nos faltava um espaço que descentralizasse a performance das galerias e a colocasse no meio da rua, entre o povo. A Bienal nasce como um gesto de encontro e partilha. Nos interessa tensionar esses territórios não apenas como espaços de dor, mas também de resistência, potência e imaginação coletiva”, destaca Padmateo.
Confira a programação da 1ª Bienal de Performance da Bahia em Jequié
13 de agosto
- Abertura da exposição Mandacaru: Aqui é um bairro, do artista Alex Oliveira
 - Intervenção simbólica e ancestral, realizada por Z Mário
- Ambas realizadas na Residência artística, Casa 1145
 
 
14 de agosto
- Performance Nem tudo que vai na parede é obra de arte, de Marcel Diogo
- Centro de Abastecimento Vicente Grillo
 
 
15 de agosto
- Fotoperformance Popular, de Alex Oliveira 
- Feira do Pau e Colégio Milton Santos
 
 - Apresentação A Gangorra, do artista simõesfilhense Augusto Leal 
- Praça Ruy Barbosa
 
 - Performance Me segura que eu vou dar um vogue, de Otacílius José 
- Avenida Rio Branco
 
 
16 de agosto
- Espetáculo gratuito Entrelinhas, da coreógrafa Jack Elesbão 
- Centro Cultural ACM, às 19h
 
 - Performance coletiva Bombas de Sementes – Encerramento
 
Além das performances, a Bienal também oferece oficinas presenciais e online e mesas de bate-papo gratuitas sobre o tema do evento e a prática da performance na Bahia. Para participar das oficinais, os interessados podem se inscrever pelo formulário disponibilizado pelo Instagram oficial da Bienal (clique aqui). Além de Jequié, Salvador também recebe o evento.
A 1ª Bienal de Performance da Bahia é uma realização independente e conta com apoio da Escola de Belas Artes e da Pro-Reitoria de Extensão da UFBA, Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB), Gpnec, Gap-Motus, Associação Cultural Vídeo Brasil, Casa 1145, Casa de Angola, Centro de Cultura ACM, Casa Gameleira, Ativa Ateliê, Hotel Bizzon e Hotel San Remo.