Uesb é criticada por má qualidade e preço alto no Restaurante Universitário, apesar de redução de valores

A Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (Uesb) foi alvo de críticas por parte dos estudantes após uma série de denúncias sobre a qualidade e o preço das refeições no Restaurante Universitário (R.U).

Apesar da recente redução no valor das refeições, após pressão dos Centros Acadêmicos (CAs) e dos Diretórios Centrais dos Estudantes (DCEs) dos três campi da instituição (Itapetinga, Jequié e Vitória da Conquista), a comunidade acadêmica avalia que a situação está longe de ser ideal.

Segundo relatos dos alunos, desde a contratação da empresa 2G2M, responsável pela alimentação, os problemas só aumentaram. Além disso, em dias de chuva ou sol intenso, os estudantes são obrigados a esperar por mais de uma hora em filas descobertas, já que a promessa de instalação de um terceiro caixa de atendimento, feita há mais de um ano, ainda não foi cumprida.

As críticas também se estendem à gestão da Uesb. Segundo os representantes estudantis, sempre que cobram melhorias, recebem respostas evasivas, com a Reitoria e Pró-Reitorias afirmando que o restaurante é “exemplar” e que não há orçamento disponível para novas demandas.

Na última terça-feira (06), integrantes do Movimento Correnteza e dos CAs realizaram um ato em frente ao restaurante universitário do Campus de Vitória da Conquista para denunciar publicamente a situação. Eles reivindicam não apenas a redução do preço, considerado o mais alto entre as universidades públicas da Bahia, mas também melhorias estruturais e nutricionais urgentes.

Para fundamentar as críticas realizadas, os estudantes compararam os preços da UESB com os de outras instituições estaduais e federais da Bahia:

• UESC: R$ 1,00 (café, almoço e jantar)
• UEFS: Café da manhã R$ 1,00; Almoço R$ 2,00; Jantar R$ 1,00
• UNEB: Café da manhã R$ 1,00; Almoço R$ 2,50; Jantar R$ 1,50
• UFRB: Café da manhã R$ 1,00; Almoço R$ 2,00; Jantar R$ 1,00
• UFBA: R$ 2,50 (almoço e jantar)

O movimento estudantil também cobra maior atuação da Pró-Reitoria de Ações Afirmativas e Assistência Estudantil (PROAPA), especialmente no que diz respeito à fiscalização da empresa contratada. “É papel fundamental da PROAPA que não permita mais que um restaurante, que deveria ser popular, explore os estudantes com preços abusivos. A exemplo de universidades vizinhas da Bahia, vemos que é possível ter uma comida barata e de acesso geral”, afirma o Movimento Correnteza, através das redes sociais.

Até o fechamento desta matéria, a Uesb não havia se manifestado sobre as denúncias.