Polícia Civil conclui inquérito sobre atropelamento que matou criança em Vitória da Conquista
O caso aconteceu no dia 9 de setembro e vitimou o menino Levi Miguel Nunes de Oliveira Lima, de 4 anos.
A Polícia Civil da Bahia concluiu o inquérito que apurou o atropelamento que resultou na morte do menino Levi Miguel Nunes de Oliveira Lima, de 4 anos, em Vitória da Conquista. O caso aconteceu no dia 9 de setembro deste ano e, ao final das investigações, o motorista envolvido no acidente não foi indiciado.
De acordo com a Polícia, a apuração incluiu depoimentos de testemunhas, análise de documentos e laudos periciais. O acidente ocorreu no momento em que a criança atravessava a Avenida Gilenilda Alves acompanhada da mãe, Camila Nunes de Oliveira, de 39 anos, que também ficou ferida.
A criança chegou a ficar internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), mas não resistiu aos ferimentos e veio a óbito no dia 13 de setembro, quatro dias após o acidente. A família decidiu pela doação dos órgãos.
No dia do atropelamento, foi constatado que o condutor havia ingerido bebida alcoólica, porém o índice registrado não configurou crime. O teste do etilômetro (bafômetro) apontou 0,23 mg/L de álcool no sangue. Esse valor caracteriza infração administrativa, mas não crime de trânsito, que é reconhecido a partir de 0,34 mg/L, conforme o Artigo 165-A do Código de Trânsito Brasileiro (CTB).
Ele foi autuado administrativamente, perdeu a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) e teve o documento do carro apreendido. Segundo o Sistema Municipal de Trânsito (Simtrans), o veículo apresentava modificações ilegais no sistema de iluminação e no escapamento.
O inquérito também apontou que fatores estruturais da via contribuíram de forma decisiva para o acidente. Entre eles, estão a ausência de faixa de pedestres e a falta de iluminação adequada no trecho onde ocorreu o atropelamento.
Ainda segundo a Polícia Civil, o motorista trafegava em velocidade compatível com a permitida, permaneceu no local após o ocorrido, prestou socorro à vítima e colaborou com as autoridades.
O inquérito foi encaminhado ao Ministério Público da Bahia (MP-BA), que agora irá avaliar se solicita novas investigações ou não.