João Gabriel, arquiteto baiano de Jequié, é citado pela segunda vez na Forbes Life Design
Aos 28 anos, o arquiteto que comanda um escritório em Vitória da Conquista vem se destacando como um dos principais nomes da nova geração da arquitetura brasileira.
 
                Natural de Jequié, o arquiteto baiano João Gabriel foi apontado pela revista Forbes Life Design como um dos destaques da arquitetura nacional fora do eixo Sudeste. À frente do escritório JG+ Arquitetos, localizado em Vitória da Conquista, ele vem ganhando reconhecimento por unir inovação, identidade regional e representatividade em seus projetos.
Na reportagem, assinada por Ana Paula de Assis, João Gabriel é reconhecido por levar a arquitetura do interior da Bahia pro mundo, com mais de 130 projetos realizados dentro e fora do Brasil. Em entrevista ao site Alô Alô Bahia, o arquiteto falou sobre sua trajetória.
“Aos 28 anos perceber que o meu próprio trabalho tem poder transformador, mesmo estando no interior da Bahia, é muito importante, porque eu consigo mostrar pras outros arquitetos que vêm depois de mim, que existe forma de transformar a arquitetura, mesmo não estando nos grandes centros”, disse.
Em 2024, o arquiteto já havia sido citado pela Casa Vogue como um dos 50 nomes mais influentes da arquitetura nacional. Neste ano, participou da CASACOR Bahia, com o ambiente “Ateliê de Tebas”, inspirado na trajetória do primeiro arquiteto negro do Brasil. O espaço, montado no antigo Convento Nossa Senhora das Mercês, em Salvador, apresentou uma proposta retrô-futurista, trazendo uma reflexão sobre ancestralidade e apagamento histórico.
Ao comentar sobre o reconhecimento da Casa Vogue, o arquiteto destacou sua trajetória pessoal e profissional nas redes sociais. “Sou do interior da Bahia, Jequié, fora do eixo sudeste. Negro, gay, nordestino. Sou o primeiro da família a concluir o ensino médio e o superior. Carrego em mim muito do que não se espera, mas este ano fui além: fui tudo que eu nem imaginava ser”, afirmou.
Apesar disso, João Gabriel reconhece que a realização só virá quando mais profissionais ocuparem os mesmos espaços que ele tem alcançado. “Eu acho que o que eu faço, o que eu falo e o que eu projeto, é pra conseguir construir um caminho e pavimentar uma estrada pra que outras pessoas como eu consigam chegar aqui. Não adianta você ser CASA Vogue 50, fazer CASACOR, conseguir atingir 17 estados com o meu trabalho, fazer palestra pelo país e, no final do dia, outras pessoas não conseguirem atingir esse espaço”, destacou.
 
             
             
             
             
             
                 
                 
             
                             
             
             
                             
                             
                             
                             
                            