Núcleo de Preservação dá início ao processo de tombamento de prédios históricos em Vitória da Conquista
Visita técnica incluiu a Prefeitura, o Solar dos Fonsecas, a Casa de Glauber Rocha e a Câmara de Vereadores.
Na última segunda-feira (6), membros do Núcleo de Preservação do Patrimônio Histórico, Artístico e Cultural de Vitória da Conquista realizaram uma visita técnica a imóveis históricos da cidade, entre eles o prédio da Prefeitura, o Solar dos Fonsecas, a Casa de Glauber Rocha e a Câmara de Vereadores.
O Núcleo foi criado pelo Decreto nº 18.918/2018, regulamentando a Lei nº 707/93, e tem a função de instruir, fiscalizar e monitorar os processos de tombamento e conservação de bens históricos do município.
A ação iniciou oficialmente o processo de tombamento de edificações históricas no município. Na Prefeitura, a equipe foi recebida pela prefeita Sheila Lemos e pelo vice-prefeito Aloisio Alan.
“Essas edificações trazem a verdadeira identidade de Vitória da Conquista. Por isso, o trabalho de pesquisa, catalogação e proteção é necessário e urgente. O que fazemos hoje é um investimento na nossa história e nas próximas gerações”, destacou Sheila Lemos.
A professora e jornalista Mary Weinstein, representante da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (Uesb) no Núcleo, ressaltou que a valorização do patrimônio é essencial para o fortalecimento da identidade coletiva.
“Esse processo faz com que a cidade se conscientize de que preservar o patrimônio é preservar quem somos. Isso dá dignidade e qualidade de vida. Tombar prédios históricos é uma atitude louvável diante da especulação imobiliária, que em muitos lugares é predatória. Conquista pode se orgulhar por buscar manter seu centro histórico protegido”, disse.
O assessor especial de Cultura, Alecxandre Magno, explicou que as discussões sobre o tombamento começaram ainda na gestão do ex-prefeito Herzem Gusmão e agora estão sendo efetivadas com um núcleo estruturado e técnicos qualificados.
O arquiteto e membro do Núcleo, Rafael Celino, destacou que a iniciativa está em sintonia com o Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano (PDDU). Segundo o arquiteto, a criação de zonas de interesse histórico-cultural deve permitir a preservação das fachadas e elementos arquitetônicos.
Os atuais membros foram nomeados pela prefeita Sheila Lemos por meio do Decreto nº 23.847/2025 e atuam em parceria com o Conselho Municipal de Cultura e a Secretaria Municipal de Cultura, Turismo, Esporte e Lazer (Sectel).
As próximas etapas do trabalho incluem levantamentos técnicos, registros fotográficos, pesquisas históricas e avaliações estruturais dos imóveis. Após essa fase, os relatórios serão encaminhados ao Conselho Municipal de Cultura para análise e deliberação.